desenredo, subst.
masculino -
ação ou efeito de
desenredar (-se);
      * * * * * * DESENREDO * * * * * *      
Site idealizado por José Carlos Corrêa Cavalcanti (2005)
desenredamento;
desprender-se da rede;
separar-se do que
está enredado.

COMPLEXIDADE
José Carlos      (17/Março/19)

Complexidade

Você diz que os dias atuais são complexos demais para você,
cansativos, impossíveis, insolúveis por mais que você pense e se esforce.

Mas se você olhar para dentro, o que existe de complicado
é o desejo de manipular a seu favor a complexidade da cadeia de causas e efeitos.

Isso exige um esforço imenso, e sempre exigirá mais e mais pois os resultados
sempre o decepcionarão, recriando a escravidão interior ao tempo e ao vir-a-ser.

Mas olhe para dentro sem desejos, olhe para a Simplicidade verdadeira do Ser manifesto em cada forma vivente.
Olhe para a Simplicidade sem conteúdos nem projeções.
Mantenha a comunhão com a Simplicidade verdadeira.
Ela é a Paz.
 

Sei que “Ela” parece se enredar nas malhas dos desejos, como um espectador que, atento
à encenação da peça teatral, identifica-se com as tramas
ora dolorosas, ora felizes, E SOBE AO PALCO PARA ATUAR NOS DRAMAS.

(E, quando o faz, surge o pequeno eu ansioso, sempre preocupado, temeroso e angustiado,
a ocupar Seu lugar por séculos e séculos.)


Essa é a tentação que sempre se recria.
Mas hoje ela não me engana mais; eu reconheço e lhe dou as boas vindas!
Basta isso; não é necessário vestir as máscaras do engano eternamente.

Esse é o grande truque da manifestação:

O espectador imparcial que vira ator do drama.
O movimento da Consciência que se apaixona por seus conteúdos.
O espelho que se identifica com suas imagens.


Esse é o ponto crítico da evolução do pó ao Divino,
da Consciência fragmentada à Consciência Universal Pura e Serena.

Por isso,
Centre sua atenção em seu Espírito Consciente.
Ele não tem planos nem objetivos.
Ele é totalmente presente em cada momento, não tem ontem nem amanhã.
Sua face exterior é a totalidade da Manifestação neste momento,
exatamente do jeito que se mostra.


 

Cada um de nós já atua obrigatoriamente nos dramas do mundo,
pelo simples fato de ter um corpo cheio de necessidades para cuidar, alimentar, proteger,
e laços afetivos com familiares e amigos.

Qualquer um de nós pode ficar enfermo, sofrer um acidente, passar por injustiças;
Não devemos, então, ser atentos e solidários?

Fazer o que se tem que fazer é correto — mas sem envolvimento emocional com as condições:
esse é o ponto central, dificílimo, base do correto proceder.
Atue desapaixonadamente, num mundo de paixões e interesses,
mas sem revolta contra as injustiças e maldades humanas,
pois é um equívoco julgar moralmente o mundo.

Dizer "não devia ser assim" significa ir contra a vontade do universo.

Por não perceber isso somos atores encenando papéis acalorados,
ora violentos, ora cheios de ternura, ora ganhando, ora perdendo,
ora feliz, ora sofrendo um imensurável número de vezes.

Um dia, esse ator perguntará:

Haverá outra maneira de viver?
Como posso me livrar de minhas cargas, me desapegar de meus conteúdos
adquiridos depois de tantos papéis encenados?
Será possível um dia encontrar a PAZ?

Os argumentos que nos prendem ao palco são consistentes
como expressão da eterna luta do Bem e o Mal.
Nesse campo nunca haverá libertação.
O Portador de Luz é que há em cada um de nós é inteligente e sedutor.
E justifica a si mesmo, exigindo continuidade de suas performances.

Saiba, porém, que o ator que assim fala
é a própria Consciência envolvida pelos resíduos da experiência,
que se deixou capturar pelo desejo de atuar nas Condições,
e, ao mesmo tempo, está totalmente livre delas!

A Paz não está nos dramas da existência.
Volte para a Simplicidade verdadeira, sempre presente, mesmo em sua falsa identidade de ator.
Repouse no Olho benévolo que pode contemplar, sem paixões, todas as coisas.
Prove de Sua Paz.

E, se você fizer isso com empenho verdadeiro
Descobrirá que esse Olho benévolo é você.


 


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