desenredo, subst.
masculino -
ação ou efeito de
desenredar (-se);
      * * * * * * DESENREDO * * * * * *      
Site idealizado por José Carlos Corrêa Cavalcanti (2005)
desenredamento;
desprender-se da rede;
separar-se do que
está enredado.

NOSSOS PENSAMENTOS SÃO MESMO NOSSOS?
José Carlos Corrêa Cavalcanti      (29/jan/23)

Nossos pensamentos são mesmo nossos?

Parece estranha essa pergunta. Mas a verdade é que, antes de respondê-la, precisamos responder outra: "Nossos de quem?" Ou seja, com quê nos identificamos? Com o corpo e a memória?

Porque se você se identifica com o corpo e a memória a resposta é SIM, pois aí estamos falando de um eu material, transitório, mutável e finito, gerado pelo funcionamento do cérebro. Nesse caso, o "eu" se identifica com seus conteúdos e aprendizagens, memórias, pensamentos, julgamentos, crenças, sensações e emoções.

Mas nenhum desses elementos pode responder pelo estar ciente das coisas, dos objetos percebidos, inclusive mentais, como pensamentos, juízos, lembranças.

Por exemplo: o que é que fica ciente de uma percepção sensorial (olhar, cheirar, tocar, ouvir, saborear)? Será o pensamento? Claramente, não. O pensamento vem a reboque das percepções, descrevendo-as.

O que ele faz é interpretá-las e, ao fazê-lo, provoca diversas sensações e emoções que nos afetam de vários modos, o que nos leva a achar que tudo isso é nosso eu.

Ao contrário, tudo isso nos ilude e escraviza. Da mesma forma, não são nossas diversas sensações ou emoções AQUILO que percebe o mundo.

Escapa-nos que há algo completamente óbvio, que está por trás de todas as percepções, tornando-as possíveis.

É aquilo que está sempre presente e passa desapercebido. Entretanto, sem ISSO não haveria nada.

É essa nossa natureza original, a semente da Consciência cósmica em nós, a qual não tem pensamentos: estes acontecem espontaneamente, face aos desafios do cotidiano, e não possuem um autor pessoal que os produza, pense, selecione, acredite neles ou os abomine.
 


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