desenredo, subst.
masculino -
ação ou efeito de
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DOWNLOAD - AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA

AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA (2007)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA
 
ENTREVISTA DE HERÓDOTO BARBEIRO
COM O AUTOR, NA RÁDIO CBN
(Em 2007, quando da publicação do livro)


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AO ENCONTRO DO CAMINHO NA VIDA
POEMAS e Reflexões Esotéricas (2024)
de José Carlos Corrêa Cavalcanti

I - A JORNADA DA ALMA EM 40 ESTROFES


1
De Buda a sabedoria
e a perfeita Compreensão;
De Jesus a Unidade
e a imensa Compaixão —
Aprendi muito na mente
Mas pouco no coração.

2
Andei nos caminhos de tudo
Querendo encontrar meu Nada
Que, porém, me sustentava
A cada passo na estrada:
No mais profundo de mim
Era a mim que eu procurava.

3
Meu Nada é o Espírito
é Puro Conhecimento
é livre de conteúdos
Livre do espaço e do tempo
é o eterno Presente
Não feito de pensamento.

4
Mas um véu de ignorância
Me escondia do que sou
Dos pensamentos que vinham
Me sentia o pensador,
Das escolhas que eram feitas
Me sentia o escolhedor.

5
Eu imaginava ser
Um núcleo particular
Separado do universo
Ocupado em preservar
O corpo que o Infinito
Em mim fez manifestar.



6
Adentrando a este mundo
Descobri o bem e o mal
Mas a árvore da Vida
Que carrego esquecida
Se transformou no meu peito
Num vazio abissal.

7
No mundo de mutações
Vi que não tinha alegria
A chamada impermanência
Drenava minha energia.
Eu vivia agoniado
Triste de noite e de dia.

8
Então fiz uma pergunta:
Quem é que sofre, ó irmão?
O pensamento não é;
Nem tampouco a sensação.
Se eu disser que é o "eu"
Não agrega informação.

9
Porque quando o procuro
Pelo caminho que for
Só encontro o sofrimento
Que é percepção da dor
Assim é que a consciência
Passa pelo sofredor

10
O ego desconhece
O que é honestidade
E finge com perfeição
Pois mentir é sua base
E o seu maior desejo
é impor sua vontade.



11
Não há ego sem disfarce,
Mentira e fingimento.
Liberado dessa carga
Muda seu comportamento
Sua face original
Brilha no mesmo momento

12
Ele vive se escondendo
Pois surgiu da escuridade
é um Ator que representa
Inúmeros personagens
Em cada um desejando
Encontrar felicidade.

13
Hoje vejo que buscar
Compreensão intelectual
Sem abrir-se ao sofrimento
Em desproteção total
Só faz gerar vaidade
Sem transformação real.

14
Ao ver tudo dar errado
Oposto ao que se queria
Suportar a indiferença
E até mesmo zombaria
Sem ficar triste ou irado —
Aí existe valia.

15
Quero o céu aqui e agora
Vivendo serenamente
Bem na Fonte de onde vim
Não como ser separado
Mas como ser enviado
Pelo Infinito em mim.



16
Medo, raiva e ciúme
Tristeza e inquietação
Muitas vezes me amarraram
Aos espinhos da emoção
Mas o perfume do Amor
Liberta meu coração.

17
Sei que Amor não se define
Mas há quatro qualidades
Que de Jesus emanavam
Em imensa proporção:
Amizade, confiança
Sacrifício e comunhão

18
Sendo amizade perfeita
Confiança resoluta
Sacrifício inigualável
Comunhão absoluta
Seu exemplo imorredouro
Me inspira e me transmuta.

19
Amizade é olhar profundo
Confiança a fundação
Sacrifício quebra o ego
E prepara a comunhão
Que leva ao renascimento
Numa nova dimensão.

20
Seitas, livros e palestras
Roubavam minha atenção
Cada guru que eu via
Tinha sua solução
Mas criavam dependência
Sem trazer libertação.



21
Confiando no intelecto
Eu juntei conhecimento
Querendo a todo momento
Libertação pessoal
Mas as coisas da memória
Não são a chave real.

22
No fundo do eu separado
Existe um núcleo fechado
Em perene ansiedade
Formado de culpa e medo.
E somente o Puro Amor
Pode abrir esse segredo.

23
A fagulha Consciente
Lá dentro está trancada
Pensa que sua pureza
Se encontra maculada
Por isso só sai dali
Com a face disfarçada.

24
Não espelha o infinito
Mas sua própria vontade
Está sempre escondida
Durante toda a viagem
Dentro de algum personagem
Que representa na vida

25
Seu coração não é puro
Pois abriga outra intenção
Plantou em si a semente
Da própria separação
Isso já vem de longe,
Aconteceu com Adão



26
Este em plena união
Teve vergonha de Deus
Ao guardar no coração
Uma ideia diferente
E assim se extraviou
A Presença Consciente.

27
Por isso sua identidade
é feita só de memória
da história pessoal,
Daquilo que é temporário,
Mutável e transitório,
Sempre insubstancial.

28
Pense num raio de sol
Entrando num orifício
De um ambiente escuro,
Desconhecido e fechado.
O que havia lá antes
Será enfim revelado!

29
E graças à luz solar
Pequenos grãos de poeira
São dados à percepção
Flutuando no espaço
Num movimento caótico
Sem rumo nem direção.

30
Em sua própria escala
Têm tamanhos variados
Cores e temperaturas
Texturas diferenciadas
Mas nada era percebido
Pois não era iluminado!



31
Será que o raio de Luz,
Em si, pode perceber?
Não, pois sua natureza
Não faz discriminação
Entre isso e aquilo,
é pura iluminação.

32
O Espírito então projeta
A forma material
Insufla nela a vida
Dotada do sensorial
E pelos cinco sentidos
Percebe o mundo plural.

33
Mas é por contiguidade
Que ocorre a percepção
Não por mesclar-se à matéria,
Uma vez que a atenção
Não vem de fonte terrena,
Vem de outra dimensão.

34
É como o raio de luz
Que emana da fonte solar
E ao energizar a planta
Linda flor faz germinar.
Mas ele não é da Terra,
Não pode se misturar.

35
Ao contato com a Luz
Fica a matéria animada
Mas não que a Consciência
Fique nela impregnada
Ao contrário, vem de fora,
DO INFINITO EMANADA!



36
Pois bem, o raio de sol
Vendo a flor exuberante
Por ela se apaixonou
E esta disse, exultante:
Sou eu que percebo o mundo
A luz em mim se mesclou.

37
O príncipe deste mundo
é glória do Infinito
Tem origem mui formosa
Era o Anjo mais bonito
Mas depois se corrompeu
Tornando-se então proscrito.

38
A matéria julga assim
Que a consciência lhe pertence
Como por direito inato.
Separando-se da Fonte
Segue os caminhos da mente
Num propósito insensato.

39
A suposta unidade
Do raio solar e a flor
é o terreno da tristeza
Onde medra toda dor.
é triste pois em sua base
Há o impulso criador.

40
Vem daí o isolamento
Que sentimos na existência
Vamos atrás dos desejos
Esquecendo nossa essência
é por isso que vivemos
Em permanente carência.




II - SER E FAZER

1
A dimensão do Divino
Não se encontra no fazer
Esse é o campo do destino,
Do carma, do vir a ser
Mas não é esse o ensino
Que nos fará renascer.

2
Lembrem de Marta e Maria
A primeira, ocupada,
Com as coisas de cada dia
Intensamente focada,
Mas estava equivocada
E a boa escolha perdia.

3
Enquanto Maria, sentada
Em augusta companhia,
Não perdia uma palavra
Do que o Bom Mestre dizia:
Totalmente extasiada
Sua alma se comprazia.

4
O milagre da existência
Se manifesta no Ser
Que o fazer deve servir.
Mas a nossa consciência
Está presa na noção
Que a vida é só produzir.

5
É uma clara inversão
Que nos custa a comunhão
Com a Mente Original
Pois a nossa atenção
Se torna um serviçal
A serviço da ambição.

6
E como robôs pensantes
Sem alma nem coração
Viramos consumidores
Com o celular na mão.
E os poderosos do mundo
Ditam nossa direção.

7
Embora seja o fazer
Integrante da jornada
Temos que aprender a ser
De forma não misturada
Isto é, de maneira pura
E desidentificada.

8
O homem, porém, não deseja
Por um minuto que seja
Elevar a sua essência
À auto contemplação.
Por medo ou ignorância
Permanece em servidão.

9
Uma imensa tragédia
Atingiu o ser humano
Que entregou com alegria
Sua alma ao profano
E ao lado material
Nomeou seu soberano.

10
Extrair felicidade
De coisas fúteis da vida
é perene atividade
é enorme desafio
Que nos mantém na vã lida
De preencher o Vazio.

11
Comprar, falar, consumir
Durante toda a existência
é entregar nosso ser
À total inconsciência
Essa é a vida que levamos
Distantes de nossa essência.

12
Um enfermo no hospital
Não tendo mais seu fazer
Terá que encarar seu Ser
Do qual fugiu toda a vida
Sua face original
Foi totalmente esquecida.

13
É uma imensa tristeza
Acercar-se do final
Mas tendo que se ocultar
Nos objetos do mundo
E não poder se centrar
Em seu próprio ser profundo.

14
Mas todos somos enfermos
Mesmo fora do hospital
Fomos diagnosticados
Com vazio espiritual
E não existe NO MUNDO
Remédio para esse mal.


Ouça músicas...
  de José Carlos Corrêa Cavalcanti

  (NOVA) O Verdadeiro AGENTE (20/12/24)

  (NOVA) O sono do estalajadeiro (26/03/24)
1º CD - Valsas, chorinhos e canções 2º CD - Em cada canção que eu faço
3º CD - Passeio Musical 4º CD - Contemplação
(Som testado nos navegadores Google Chrome e Mozilla)
MAGNIFICAT
(Gato que me fitas com olhos de vida,
que tens lá no fundo?)


Reflexões sobre um poema de Fernando Pessoa

José Carlos Corrêa Cavalcanti - 25/janeiro/25

Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que despertarei de estar acordado?

Não sei. O sol brilha alto,
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.

Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro sem drama,
E recolherei a casa?
Onde? Como? Quando?

Gato que me fitas com olhos de vida, que tens lá no fundo?
É esse! É esse!
Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei;
E então será dia.

Sorri, dormindo, minha alma!
Sorri, minha alma, será dia!

O Magnificat é um hino de louvor e gratidão a Deus, expressando a alegria e a admiração
de Maria pela bênção que recebeu — o nascimento da consciência divina e imaculada no meio humano.
É o primeiro verso do cântico de Maria, mãe de Jesus, no Evangelho de Lucas (1:46-55),
que começa com as palavras "Magnificat anima mea Dominum" ("Minha alma magnifica ao Senhor").


Leia mais:

MAGNIFICAT - reflexões
CONHECIMENTO REAL DA FINITUDE
José Carlos Corrêa Cavalcanti
     (13/dezembro/24)


Como seria viver na dimensão da finitude, como se as coisas fossem acabar, terminar, morrer?
Como se pessoas, animais, móveis, carros, objetos quaisquer fossem impermanentes,
deterioráveis, finitos e com data de validade ignorada?

Detalhe: É EXATAMENTE ASSIM QUE AS COISAS SÃO.

Leia mais:

CONHECIMENTO REAL DA FINITUDE

O CICLO CÓSMICO DA AUTODESCOBERTA
José Carlos Corrêa Cavalcanti
     (08/dezembro/24)


Perambulando pelo passado e pelo futuro, nossos pensamentos estão sempre julgando as coisas, lugares, situações e pessoas. Assim fazendo, geram no corpo sensações de agrado ou desagrado, de simpatia ou antipatia, de prazer e dor. E, ao mesmo tempo em que montam os cenários que representam as coisas desejadas ou temidas, transformam-se em decisões e ordens.

Mas como pode uma sopa química produzida pelo cérebro se transformar em nossa lei e autoridade suprema, a ponto de nos fazer rir, chorar, matar ou morrer?

Leia mais:

O CICLO CÓSMICO DA AUTODESCOBERTA

ALAN WATTS BREAKS DOWN THE SECRET TO LIFE

     texto parcial - tradução livre (15/junho/24)

Na Cosmogonia hindu, o mundo é visto como um drama e Deus é visto como o Ator, que está representando todos os papéis ao mesmo tempo.

Agora suponha por um momento que você é Deus representando o seu papel de uma pessoa; nesse caso você teria todo o tempo do mundo e todo poder à sua disposição. Mais ainda: suponha que você tivesse o poder de sonhar o sonho que você quisesse pelo tempo que desejasse: em uma noite você poderia ter um sonho que duraria 10 anos, 75 anos, 1000 anos ou qualquer outra duração de tempo.

Bastaria você escolher, ao se deitar, que sonho gostaria de ter aquela noite. Provavelmente você, inicialmente, escolheria ter sonhos super agradáveis, de preenchimento de prazeres, desejos e qualquer tipo de satisfação imaginável, refeições deliciosas, viagens incríveis, paisagens maravilhosas, etc.

Mas depois de algum tempo você cansaria de ter sonhos tão previsíveis, e gostaria de ter sonhos com mais aventura, para colocar um pouco de tempero, incluindo situações perigosas e alguns riscos, como libertar princesas de dragões ferozes, ou participar de batalhas homéricas saindo-se como herói.


Leia mais...   Texto parcial do vídeo de Alan Watts
O HOMEM QUE RECUSOU O CÉU      (02/junho/24)

Era uma vez um peregrino que andava pelos vales e montanhas da existência em busca de Deus... Mas, até cerca dos cinquenta anos, confundira Deus com o Prazer, a Riqueza e o Sucesso. E foi só após fracassar nos três ídolos, que muito amava, que ele percebeu que alguma coisa estava errada.

— "Meu projeto pessoal não está dando certo", pensou — Não haverá outra maneira de viver? Afinal, em toda a natureza e no universo conhecido não existe nenhuma noção de projeto pessoal, de uma pessoa estabelecendo para si objetivos individuais de auto-realização e lutando para atingi-los; tudo existe e funciona por causa de tudo".

Assim pensando, relaxou os nós que o prendiam ferreamente às aspirações materiais da existência e começou a procurar um caminho de natureza espiritual por meio de cursos, leituras e grupos de estudo esotéricos, filosofias diversas, igrejas tradicionais e seitas provenientes de outras culturas e visões religiosas.


Leia mais...   O HOMEM QUE RECUSOU O CÉU
A SAGA DE 30 ANOS DE BUSCA ESPIRITUAL
     (10/abril/23)


Em termos psicológicos, estamos sempre representando personagens, às vezes contraditórios entre si, com suas falas, sensações e emoções acontecendo SEM ENSAIO perante os desafios do cotidiano. Você sabe a diferença entre o personagem e a narrativa que ele interpreta?

NENHUMA!


Durante um sonho, o sonhador vê a si mesmo como o personagem principal do sonho, cheio de perigos e dificuldades.
Mas depois que acorda diz para si mesmo, aliviado:

GRAÇAS A DEUS, ERA APENAS UM SONHO!

Isso mostra que o sonhador não é o personagem do sonho. Seria um absurdo que este continuasse depois do final do enredo que o criou.
Portanto, os personagens que representamos na existência provêm inteiramente das narrativas e as emoções que emergem sem pedir permissão.
A grande lição é que:

VOCÊ NÃO É OS PERSONAGENS QUE REPRESENTA!
ELES SURGEM EM VOCÊ TEMPORARIAMENTE E DEPOIS DESAPARECEM,
SENDO SUBSTITUÍDOS POR OUTROS, MUITAS VEZES DIAMETRALMENTE OPOSTOS!


A ilusão mais incrível e fantástica é que eles se passam por ser reais, ganhando, assim, permanência em sua mente e atando VOCÊ AOS PERSONAGENS

Despertar para esse entendimento desfaz a ilusão de que você é composto por personagens.


Leia...   1) TATEANDO APÓS A DESPEDIDA DE UM EMPREGO
 
ASPECTOS DA BUSCA RELIGIOSA      (23/abril/23)

Pense nisso: você não pode chegar à Mente Divina sem antes conhecer aquilo que o separa dela.
Lembre-se do aspecto simbólico do lobisomem, do vampiro, do retrato de Dorian Gray: após descobertos e liquidados com a bala de prata, a estaca de madeira no coração ou com a punhalada no quadro horrendo, suas imagens medonhas se transmutam extraordinariamente, com a aparência monstruosa dando lugar a um semblante belo, descontraído e inocente. Que significa isso?


Leia mais...   ASPECTOS DA BUSCA RELIGIOSA
A PERGUNTA QUE NINGUEM FAZ      (29/jan/23)

Antes, eu sofria por causa de eventos desafortunados no mundo exterior.
Agora, vejo que sofro por causa do movimento involuntário, caótico e recorrente da MEMÓRIA desses eventos.
É verdade! Haveria sofrimento sem as lembranças?


Leia mais...   É possível o silêncio interior?
LENDA HINDU      (22/Julho/19)

Houve um tempo em que todos os homens eram deuses. Mas eles abusaram tanto de sua divindade que Brahma, o Mestre dos Deuses, tomou a decisão de lhes retirar o poder divino: resolveu escondê-lo em um lugar onde seria absolutamente impossível reencontrá-lo.

Leia mais... Lenda Hindu
 
REFLEXÕES SOBRE O ESTADO DE CONSCIÊNCIA DE EGO

Leia...     Reflexões sobre o estado de consciência de ego
 
OS ÁRDUOS CAMINHOS DA TRANSFORMAÇÃO INTERIOR
(Uma reflexão sobre os estados de consciência na busca da sabedoria")


Leia...     Os árduos caminhos da transformação interior
 
TRECHOS DO LIVRO "ANTES DO EU SOU" (de Mooji)
            (14/julho/18)
1) O "eu" tem algumas associações do passado, projeções para o futuro, um papel ou comportamento, e por causa da crença nesse papel a consciência é mantida prisioneira em uma certa identidade. Quem é o "eu", e precisamente onde está o "eu" exatamente agora?

2) O papel da mente é confundir vocé, o que ela faz muito bem. A única coisa é que ela precisa de sua colaboração, o que você faz muito bem.

3) Se for deixada sem questionamento, a hipnose da identidade (adquirida) permanecerá sem ser descoberta.

4) A mente é expressão da Consciência, que se manifesta como o sábio, o tolo, o buscador.

5) Se o desejo de saber quem você realmente é surge em você, aceite-o como já sendo a atividade da Graça.

6) O "buscar" é um impulso que surge do Ser para redescobrir a Si mesmo.

7) Aquilo que você está buscando já é o próprio lugar de onde surge a busca.

8) Toda busca é afinal, para uma coisa só: encontrar o buscador.

9) Você é a Consciência Crística. Mas você não está totalmente consciente disso, porque adotou e identificou o corpo e a mente não apenas como sua expressão, mas também como seu verdadeiro ser.

10) Seja o espaço e deixe que a mente vagueie por onde quiser. Mas, quando há consciência desse espaço imóvel, não há nenhuma mente vagueando.

11) O ponto está em compreender a eterna e derradeira mensagem que você é apenas a testemunha sem forma, a realidade imutável por detrás da mente movente. Você surge como entidade separada com poder de vontade própria devido a Maya, a ilusão cósmica. Maya é o poder que permite ao Ser experenciar e desfrutar o sabor de si mesmo como existência... a Consciência não pode realmente conhecer a si mesma quando carece de compreensão sutil e experiência direta.

12) A alegria que surge com o conhecimento do Ser é impessoal, sempre nova, desassociada e atemporal.

BEM AVENTURANÇA      (24/fev/18)

POEMA DE RUMI

Existe uma comunidade do espírito.
Junte-se e sinta o prazer
de andar na ruidosa rua,
e sendo o barulho.
 
Feche os dois olhos
para ver com o outro olho.
 
Abra as mãos,
se você quer ser segurado.
 
Sente-se neste círculo.
Pare de agir como um lobo e sinta
O amor do pastor encher você.
Seja vazio de preocupação.
Pense em quem criou o pensamento!

Por quê você fica na prisão,
quando a porta está tão aberta?
 
Mova-se para fora do emaranhado do pensamento e do medo.
Viva em silêncio.
 
Flua para baixo e para baixo,
sempre alargando os anéis do ser.

Flua para baixo e para baixo,
sempre alargando os anéis do ser.

Flow down and down in
always widening rings of being.


Frases que fazem pensar...    (2/dez/17)




"O que for a profundeza do teu ser,
assim será teu desejo.
O que for o teu desejo, assim será tua vontade.
O que for tua vontade, assim serão teus atos.
O que forem teus atos, assim será teu destino."

Brihadaranyaka Upanishad
 



"Quando o deleite de ser busca realizar a si próprio como deleite do vir-a-ser,
entra no movimento de forças e toma diferentes formas de movimento,
do qual prazer e dor são correntes positivas e negativas."

Sri Aurobindo
 



A base fundamental sobre a qual repousa a estrutura da metafísica de Sri Aurobindo
é que tanto a matéria como o espírito são reais.
Nem o espírito nem a matéria devem ser rejeitados como uma ilusão.
A filosofia idealista que nega a matéria tem visão tão limitada
quanto a filosofia materialista que nega o espírito.

Introdução à Filosofia de Sri Aurobindo
 



Dissestes alguma vez "sim"a uma alegria?
Ó! meus amigos!
Então dissestes também "sim" a todas as dores!
Todas as coisas estão encadeadas, forçadas;
Se algum dia quisestes que uma vez se repetisse,
Se algum dia dissestes: "Agradas-me, felicidade!",
Então quisestes que tudo tornasse.

Assim falava Zaratustra – Nietzsche
 



"É necessário que queira consumir-se na sua própria chama;
como poderia renovar-se sem primeiro reduzir-se a cinzas?"

Assim falava Zaratustra – Nietzsche
 



"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos
pelos que não podiam escutar a música."

Nietzsche
 



Não importa que defeitos você possa ter em sua natureza.
A única coisa que importa é você se manter aberto à Força.
Ninguém pode se transformar por seus próprios esforços sem qualquer ajuda;
É somente a Força Divina que pode transformá-lo.

Se você se mantém aberto, todo o resto será feito por você.

Quase ninguém é forte o suficiente para superar, por sua aspiração e vontade,
as forças da natureza mais baixa; mesmo aqueles que o fazem, conseguem somente
uma certa espécie de controle mas não um domínio completo.

Vontade e aspiração são necessárias para trazer para baixo a ajuda da Força Divina
e para manter o ser do lado dela quando lida com os poderes mais baixos.
Só a força Divina cumprindo a vontade espiritual e a aspiração psíquica
do coração pode afetar a conquista.

Abandonar o esforço pessoal não é o que lhe é pedido, mas chamar cada vez mais
pelo Poder Divino e através dele governar e guiar o esforço pessoal.
Praticar o Yoga implica na vontade de superar todos os apegos e voltar-se para o Divino somente.

A coisa principal no Yoga é confiar na Graça Divina a cada passo,
dirigir o pensamento continuamente para o Divino e oferecer-se até que o ser se
abra e a Força da Mãe possa ser sentida trabalhando no Adhar (receptáculo da consciência).

Palavras de Sri Aurobindo
 


 
LÉGUA TIRANA
de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

com Dominguinhos e Alceu Valença
     (13/junho/21)

Oh, que estrada mais comprida
Oh, que légua tão tirana
Ai, se eu tivesse asa
Inda hoje eu via Ana

Quando o sol tostou as foia
E bebeu o riachão
Fui inté o Juazeiro
Pra fazer minha oração

Tô voltando estrupiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu minha prece
Fez chover no meu sertão

... Oh, que estrada mais comprida
... Oh, que légua tão tirana
... Ai, se eu tivesse asa
... Inda hoje eu via Ana

Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim, como inda farta
Pra chegar no meu rincão

Trago um terço pra Das Dores
Pra Reimundo um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração

Leia mais... A peregrinação inconsciente
Alguém faltou ao encontro      (19/Agosto/19)
Poema de José Carlos Corrêa Cavalcanti - abril de 1977.

Andando nos descaminhos
de inúteis madrugadas,
me perdi e estou sozinho,
Vi que não descobri nada.

Pelas vias e desvios
Procurei por um jardim
Mas desertos e estios
Foi o que ficou prá mim.

Estive, mas já não estou.
Parece que já fui embora.
Aquilo que procurei
Não veio na exata hora.

Que era? Nem eu o sabia.
Assim, não o podia achar.
Se achei, nem percebi.
Não quero mais procurar.

Pelas estradas da vida
quase tudo aconteceu
Alguém faltou ao encontro
Quando o encontro se deu
— E esse alguém era eu.


Tive a precisa coragem,
De outra coisa não me lembro.
Fiquei à beira da margem
À espera de um setembro:
De cor, flor e primavera
Surgida depois da espera
Sem amor e poesia.


O RAIO DE SOL DESENCAMINHADO

Imagine um raio de sol que, juntamente com incontáveis trilhões de outros, semelhantes a ele,
ilumina a face da Terra, chamando o mundo às suas atividades cotidianas.

Esse raio de luz percebeu que, aparentemente por "sua" ação,
desabrochavam lindas flores, pelas quais ele se apaixona perdidamente.

"São tão coloridas e belas, perfumadas e sedutoras!"

Ele não percebia que "ele" não existia como coisa separada de Algo infinitamente maior,
do qual ele era uma emanação; ao contrário!
Achava-se a própria energia que fazia as coisas acontecerem no planeta Terra!

Até que um dia, depois de testemunhar inúmeras vezes a morte de suas amadas,
seguida pelo florir de tantas outras, perguntou-se:

"Não irei eu também fenecer um dia? Afinal quem sou eu? qual é minha Origem?
Hei de encontrá-la."
E pôs-se a procurar por sua origem na Terra.

"Talvez esteja naquela pedra Sagrada no topo da mais alta montanha, conforme dizem os homens", pensou.
Para lá se dirigiu, mas não viu nada demais.
Outras pistas que veio a seguir revelaram-se, também, inúteis.

Dizem que esse Raio de Sol continua procurando até hoje.

Ele não via o Sagrado dentro dele mesmo e como Ele Mesmo!
Mas não o "ele mesmo" que, desconhecendo sua origem,
identificava-se com os elementos da manifestação, que tanto amara.

É por isso que o poema diz:

"Alguém faltou ao encontro
Quando o encontro se deu
E esse alguém era eu."
REPLAY

José Carlos C. Cavalcanti     (fev/1983)

Um instante: quero um replay da felicidade perdida.
Onde está ela? Quero-a de novo, em câmera lenta.
Quero de novo aquele momento bordado de amor,
Em verde, vermelho, branco e dourado intenso.

Lá fora a noite é profunda.
Ninguém nas ruas.
Ladram os cães: isso não me importa.
Essa música suave fala de tantas coisas...

É madrugada e eu não sei dormir;
Já é tão tarde e eu não sei chorar.
Sei que dentro de mim
Há qualquer coisa muito machucada.
Estou no meu país longínquo:
Ele é todo meu, mas é tão deserto!

Não sei o que fazer da vida.
Rejeição, solidão, rimas em ão,
Angústia que me rói por dentro, até onde, até quando,
Tutu Marambá, não sei...
O que quer de mim, não sei...

Por isso,
       Quero um replay em câmera lenta,
       De qualquer momento mais feliz.
-------------------------------------------------------------

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SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ABORDAGENS DA AROMATERAPIA (2019)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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SÍNTESE DAS PRINCIPAIS ABORDAGENS DA AROMATERAPIA
 


CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO (2011)

de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 1/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 2/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 3/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 4/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 5/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 6/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 7/8

CONHECENDO A ZONA SUL DE SÃO PAULO - PARTE 8/8


NÚMEROS COMPLEXOS - 1980
(EXPOSIÇÃO HISTÓRICA)


de José Carlos Corrêa Cavalcanti

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